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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Deus e Esportes

“Deus se preocupa com um jogo de futebol? É claro que sim. Ele ama tanto as pessoas que  se preocupa com tudo e qualquer coisa que elas façam.” — Kurt Warner,  arremessador MVP do St. Louis Rams1
 
“Futebol e religião não caminham juntos.” — John Riggins, ex- MVP voltando do New York Jets e Washington Redskins2

Podemos dizer com autoridade espiritual (e parafraseando)  que “ninguém pode servir a dois senhores : ou ele odiará um, e amará o outro, ou ele será devoto a um e desprezará o outro. Você não pode servir a Deus e aos esportes” (veja Mateus 6:24)?

Os frutos do Espírito—amor, alegria, paz, paciência, generosidade, bondade, fidelidade, gentileza e domínio próprio—ajusta-se com saques, batidas, mergulhos e  golpes?

O que pensamos quando  destacados Cristãos  parecem ser altamente conhecidos como fãs de esportes? “Vocês não sabem que numa corrida todos os corredores correm” (1 Cor. 9:24, NIV) e “correm . . . pelo prêmio” (verso 24, NIV) e “treinamento físico é de algum valor” (1 Tim. 4:8, NIV) e “atletas exercitam-se” (1 Cor. 9:25, NRSV)? Posso me alegrar com Jesus Cristo no Sábado e condescender com jogos no Domingo?

Tenho ouvido proponentes e oponentes dos esportes ao longo dos anos. Muitos vivem em função dos campeonatos estaduais, nacionais e internacionais; ou eles simplesmente desejam que a temporada nunca termine. Outros (que não tem a mínima idéia  sobre o que a última sentença significa) não se preocupam com isso. E alguns acreditam completamente que esporte competitivo é pecado. Não importa qual a perspectiva de alguém sobre este vasto e contínuo assunto,  acabei ouvindo  três “verdades” gerais sobre esportes de acordo com quase todos. Vamos examina-las.

1. Esportes entretêm a mente de questões mais importantes.
Poucos descordariam com esta “verdade.” Os amantes dos esportes discordam, “Os esportes ajudam-me a manter minha mente livre do stress da vida. Eles são uma boa maneira para me relaxar, divertir, recrear e  para equilibrar os desafios difíceis de uma vida cheia de atividades.” O crítico de esportes competitivos opõe-se, “Sim, esportes tiram sua mente de importantes questões da vida. Os esportes distraem homens e mulheres de lidarem com os importantes assuntos espirituais e relacionais para o qual Deus nos chama para prestar atenção de perto e continuamente.” A menos que você esteja no negócio dos esportes, está bastante claro que esportes tiram sua mente de problemas mais importantes—trabalho, pagar contas, religião, relacionamentos e assim por diante…

Primeiro, para o argumento dos amantes de esportes, recreação e diversão: é claro que Jesus nunca planejou que homens e mulheres estivessem em constante e incessante atividade. Ele disse aos seus discípulos, “Venham … e descansem por enquanto” (Marcos 6:31, NRSV); e “Vamos examinar o outro lado do lago” (Lucas 8:22, NIV). O que me impressiona sobre Jesus é sua diminuição de esforços de trabalho e ministério. Ele limitou seu trabalho para apenas 12 discípulos e poucos amigos íntimos. Ele focalizou seu trabalho apenas sobre o povo Judeu, enquanto havia um mundo inteiro de nações para salvar. Ele tomou tempo para comer e brincar com crianças. Aqueles que seguiram a Jesus descobriram o que C. S. Lewis reconheceu em sua famosa observação “Alegria é o negócio sério do Céu.”

Algumas de minhas memórias mais afetuosas são de assistir jogos de futebol com meus irmãos, chamando meu pai à meia-noite no colégio no nono turno para celebrar uns bravos de vitória juntos. Sobrevivi ao alívio do stress  com o basquetebol na faculdade, ensino secundário, e pós-graduação. Jogar tênis com meu amigo David, agora  me mantém em forma.

É difícil acreditar que Jesus rejeitaria completamente a alegria de participantes e espectadores de esportes. Cristãos que sentem a falta do valor e a ordem de Jesus não tão subjetiva “Divirtam-se!”,  são freqüentemente pessoas que não se parecem com o Deus brincalhão a quem servimos.

Por outro lado, os esportes podem ser uma distração excessivamente evasiva. Aqui os críticos fazem uma observação importante. Quando a ESPN é uma rede de programação 24 horas em seu lar, alguma coisa está errada. Deveríamos nos preocupar com cristãos que reclamam do trabalho e de um cansaço tão grande que não podem servir o pobre, freqüentar reuniões de oração, adorar regularmente no fim de semana, ou gastar tempo com a esposa, pais, filhos, ou amigos – enquanto isso assistem, falam, freqüentam, e lêem sobre esportes todo o tempo. Deveríamos nos preocupar quando um seguidor de Cristo é uma verdadeira enciclopédia atlética, mas não sabe  explicar o ensino de Cristo no sermão da montanha. Deveríamos nos preocupar quando os  discípulos dos esportes não estão totalmente engajados na vida abundante que Deus tem em mente para eles. Deveríamos nos preocupar se isso nos descreve.

Recompilação de documentos orientadores pelo Centro E.G.White da Univ. Adv. Del Plata – Espanhol
* Recreação e Diversão. * Declaração por Artur L. White, secretario do Ellen G. White Estate. * Compilação de escritos de E.G.W. * Esportes em Instituições Educacionais Adventistas
Isto pode parecer meio fora-de-moda. . . , mas acredito que é verdade. Se a maioria dos  cristãos tomassem metade do tempo que eles gastam assistindo esportes na televisão e investissem na família, comunidade, serviço para a igreja, estudo bíblico, e oração, suas igrejas se tornariam lugares espiritualmente radicais. Imagine o que três horas de oração no Domingo à tarde fariam por um grupo de homens tementes a Deus (ainda mais se  deixassem os jogos das  quartas e feriados!). Imagine como se poderia revolucionar um casamento, se semanalmente, ao invés de assistir ao jogo houvesse um “namoro noturno” do casal. Imagine se o mês de campeonato  fosse usado como um mês de voluntariado intencional para os pobres. Tomando um investimento de grande tempo longe dos esportes e colocando-o em atividades cuja conta realmente seria extraordinária.
Saúde espiritual requer uma posição em algum lugar entre a abstinência e a obsessão. Diversão é uma boa coisa de tempos em tempos. Distração permanente é fatal. O escritor de Eclesiastes escreve, “Há  . . . um tempo para chorar e um tempo para rir” (Ecl. 3:1-4) e “Não seja justo em demasia” (Ecl. 7:16). Algumas vezes seriedade e trabalho são santos. Algumas vezes rir e brincar são santos. Santidade é equilíbrio.
2. Esportes são competitivos.
Os desportistas afirmam, “Os esportes ensinam-me como competir com energia e integridade no mundo real.” Os caluniadores dos esportes  opõe-se, “Esportes são competitivos demais e não têm lugar na mente ou coração de um cristão.” Destes, poucos discordariam: esportes são competitivos.

A história é contada sobre um treinador que arrastou  para fora  um de seus jovens jogadores de uma pequena liga durante o jogo. “Você entende o que é cooperação? O que é um time?” O pequeno garoto fez sinal com a cabeça que sabia. “Você entende que o problema é que se ganhamos será como um time? O pequeno garoto inclinou a cabeça afirmativamente. “Então,” o treinador continuou, “quando o árbitro apita ou você perde o lance, você não discute ou pragueja ou ataca o juiz. Você entende tudo isso?” Novamente o pequeno garoto inclinou-se. “Bom,” disse o técnico. “Agora vá lá e explique para sua mãe.

Alguma coisa está errada quando a pessoa “madura” é alguém incapaz de manter sua moderação. Alguma coisa está errada quando a “criança” tem uma melhor compreensão sobre jogo do que o então chamado adulto. A Bíblia indica que cristãos deveriam se tornar maduros para que possam  ajudar aos descrentes— os menos maduros— a entender a que uma verdadeira vida de adulto se  assemelha.

É desanimador na melhor das hipóteses e embarassador na pior assistir um cristão perder sua calma no campo. Um amigo que aludiu a esportes internos na Universidade de Andrews muitos anos atrás me contou que alguns dos estudantes do seminário que participaram tinham a pior das atitudes.  “Eles conheciam a lei de Deus, então eles obviamente acreditaram que eles conheciam as regras de basquetebol, as regras de futebol, e a regra do softball. Eles discutiam e se queixavam constantemente.” Tenho um amigo (e proeminente líder cristão) que perde sua calma toda vez que ele joga um esporte. Linguagem indecorosa, gritaria e conversa ralé são ocorrências regulares. Muitos Cristãos ganham ofensivamente e perdem amargamente. A competição tem uma maneira de apresentar cores verdadeiras das pessoas.

Há um problema, contudo, em rejeitar esportes totalmente porque eles são competitivos. Se rejeitarmos alguma coisa porque ela é competitiva, não fazemos muito. O Namoro é construído numa competição. O mercado de trabalho em qualquer carreira, incluindo a ministerial, é intensamente competitivo. A entrada no ensino secundário e universidades é competitiva. A Bolsa de valores é competitiva. Igrejas devem competir pela atenção e compromisso das pessoas. Conheço mulheres que não suportam a natureza competitiva dos esportes, mas  que  se comparam e  se contrastam com outras mulheres (principalmente através de fofoca) todo o tempo. Conheço homens que apresentam uma  linguagem agressiva contra a natureza competitiva de esportes e  que são cruéis no trabalho. (O capitalismo é por definição competitivo.) O paradigma da não-competição não funciona.3

A resposta correta, não importa qual o tipo de competição, é ser um bom esporte. Ganhar e perder são fatos da vida que não mudarão neste lado do céu. Ser um cristão maduro requer maturidade em vitória ou derrota. Ser um cristão maduro requer jogar dentro das regras e tratar os “oponentes” com respeito. Em esportes, maturidade é observar que é apenas um jogo. É chamar de injusto você próprio, celebrar o sucesso do outro time, jogando duro sem jogar sujo, contar um arremesso sem apontar a bola na face do seu oponente.
Os esportes podem nos ensinar muito sobre ganhar e perder. Os pais de times infantis que levam seus filhos para tomar sorvete juntos—ganhando ou perdendo—ensinam uma valiosa lição sobre prioridades. O adolescente que perde por causa de uma má advertência por um treinador, mas escolhe perder com graça, aprende uma lição valiosa sobre como lidar com injustiça na vida. Até mesmo o fã que torce por um time perdedor por décadas aprende um tipo de  lealdade que a torcida que muda de vencedor para vencedor, nunca sabe.

A posição espiritualmente responsável é a que conduz a competição com graça e integridade cristã. Fique longe de uma situação competitiva (incluindo esportes) se você não pode lidar com ela. Mas muito melhor, cresça em maturidade pessoal no lugar onde você pode lidar com responsabilidade competitiva. O segredo do fruto do Espírito é que ele aplica-se em cada situação.

3. Esportes ensinam comportamento.
Os proponentes dos esportes afirmam, “O esporte é uma grande maneira de aprender lições importantes e valores para a vida—até mesmo mais do que simplesmente ganhar e perder.” Os oponentes dos esportes dizem, “Esportes e personalidades esportivas influenciarão você de maneiras que manterão você longe de Deus e desencorajarão a vida moral.”
É fácil encontrar exemplos negativos no mundo do atletismo. Apenas leia estas manchetes americanas:

·        Eugene Robinson, jogador de futebol e conhecido Cristão, foi pego com uma prostituta na noite antes do Super Bowl.

·        Ray Lewis, jogador de futebol, envolvido em uma luta de faca que acabou em assassinato.

·        Charles Barkley, jogador de basquetebol, cospe em fãs.

·        Roberto Alomar, jogador de baseball, cospe num juiz.

·        Bill Romanaski, jogador de futebol, cospe em outro jogador.

·        Darryl Strawberry, jogador de baseball, preso por uso de droga.

·        Dennis Rodman, jogador de basquetebol, em que situação?
 
·        Marty McSorley, jogador de hóquei, sentenciado por tentativa de homicídio culposo por violentamente bater na cabeça de outro jogador com seu bastão.

·        Pete Rose, jogador de baseball, proibido formalmente do esporte pela vida inteira por apostar nele.

·        Bobby Knight, técnico de basquetebol, demitido por incontrolável raiva e insubordinação.

É também fácil de ver como a cultura dos esportes freqüentemente influencia os comportamentos destrutivos e pobres qualidades de caráter. O abuso do álcool, apostas e violência doméstica são problemas comuns associados com competição atlética. Agressão, raiva incontrolável, e um desejo de dominar um oponente são qualidades freqüentemente vistas em atletas e seus fãs. Freqüentemente existe uma sutil atitude que triunfa masculinidade sobre feminilidade. Quando a um jogador do sexo masculino é dito que ele “joga como uma mulher” ou ele é um “homem afeminado,” isto não apenas machuca o indivíduo mas também cria uma cultura que deprecia mulheres.

Mas enquanto atitudes negativas rodeiam o esporte, há também muitas grandes pessoas das quais aprender—e grandes lições que podem ser compiladas através do atletismo. Um exército de livros foi escrito por atletas que procuram usar sua influência profissional para o bem. O futebol de Reggie White, O baseball de Dave Dravecky, e o basquetebol de A. C. Green são três de muitos  exemplos americanos. O  movimento dos  “Promise Keepers, em alto grau, combinou uma atmosfera semelhante ao esporte com responsabilidade espiritual vivendo para ajudar a transformar a vida dos homens. Seu fundador, ex-treinador de futebol do ensino secundário Bill McCartney, abraça uma causa de ajuda a proeminentes atletas para comunicar-lhes a mensagem de Cristo. (No caso do Brasil existem os Atletas de Cristo e outras associações de esportistas que se unem para testemunhar e  pregar o evangelho). Não muito tempo atrás sentei em um restaurante em Atlanta, EUA,  e ouvi por acaso uma conversa espiritual de 90 minutos vinda de quatro homens sentados numa mesa próxima a mim. Quem guiou a discussão? Brett Butler, ex-jogador de baseball da Major League e conhecido Cristão.

Além de figuras “positivas” de atletas, os esportes podem ensinar-nos como viver uma  vida melhor. O Ex-atleta profissional e ex-senador dos Estados Unidos, Bill Bradley afirma em seu Values of the Game que o basquetebol ensina “paixão,” “disciplina,” “altruísmo,” “submissão,” e “coragem,” entre outras qualidades importantes. Seu Time Present, Time Past conta-nos o valor que jogo de  basquetebol teve em seu desenvolvimento como homem.4

O esporte foi um grande professor em minha própria vida. Quatro anos de ginástica na faculdade me ensinaram trabalho duro, ir através da dor, o valor de uma equipe de trabalho, como me submeter a ordens, como dar ordens, e como  colocar-me em uma posição secundária pelo bem do time. O lema do nosso time “Qualquer que seja o prêmio” ilustrou um valor de compromisso que muitos de nós aprendemos de  numa maneira que nunca tínhamos conhecido antes.
A ponto central da maturidade espiritual é usar o julgamento e a sabedoria sobre como os esportes causarão impacto sobre nossos valores. Escolha uma atitude prudentemente. Você encontrará influências positivas e negativas nos esportes—assim como no governo, nos negócios,  nos círculos educacionais, e na igreja. Cada experiência na vida conduzirá você ou em direção a Deus ou para longe dEle. Nisto incluem-se os esportes. Permita que a alegria do esporte ensine a você ser uma pessoa melhor.
Finalmente, a melhor solução—e mais bíblica—é conectar Deus e os esportes. Faça a pergunta “Como Jesus agiria se Ele estivesse em meu lugar?” Pergunte “Como Jesus jogaria se Ele estivesse em meu lugar?”
Deus e esportes? Sim. Se Ele estiver no campo ou na quadra.
_________________________
1 Warner escreve sobre seu futebol e seu cristianismo em All Things Possible (Harper Collins, 2000).

2 Em entrevista de Riggins, em 10 de Outubro de 2000, com a rádio de Atlanta AM 790 ele comenta jogadores orando juntos seguindo o jogo.

3 Uma nota sobre o sistema escolar denominacional e esportes. Se Escolas Adventistas do Sétimo Dia   vão permitir ou não permitir competições atléticas com outras escolas, elas deveriam basear sua decisão em integridade racional. Excluir competições esportivas internas de uma universidade ou ensino secundário  porque elas são competitivas contém pouca integridade intelectual. Você exclui uma competição atlética com outras escolas se com o pretexto de que elas são competitivas, você deve também excluir esportes internos, namoro, escolas primárias, padrões de admissão,  professores, e prontamente dar seus estudantes para outras escolas (pois você está competindo com outras escolas por estudantes). Considerações financeiras, prioridades de calendário, ou a missão da escola se conduzem para longe das competições esportivas internas de uma universidade ou ensino secundário.

4 Values of the Game de 1998 está disponível em Aritsan Press. Time Present, Time Past é um livro de 1996 publicado pela Vintage Books. As citações são títulos de assuntos.

 Alex Bryan é o pastor da  comunidade da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Atlanta, Georgia.

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