TOP NEWS

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas mattis nisi felis, vel ullamcorper dolor. Integer iaculis nisi id nisl porta vestibulum.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quem São os Verdadeiros "Ateus"?

Há alguns meses lí 2 livros sobre o ateísmo:

1. "O Delírio de Dawkins - uma resposta ao fundamentalismo ateísta de Richard Dawkins", de Alister McGrath e Joanna McGrath (editora Mundo Cristão, 2007).

2. "Um Ateu Garante: Deus Existe - as provas incontestáveis de um filósofo que não acreditava em nada", de Antony Flew (editora Ediouro, 2008).

Este segundo é o que mais gostei, pois o Dr. Flew (cujo pai era pastor na Inglaterra) faz uma abordagem extremamente sólida sobre o que o levou a mudar de opinião, depois de várias décadas sem acreditar na existência de Deus.

Algumas declarações que mais me chamaram a atenção:

"[Na pré-adolescência] nunca li nada de literatura religiosa com o mesmo entusiasmo com que lia livros sobre política, história, ciências ou quase todos os outros assuntos. Ir à capela ou à igreja, recitar orações e praticar outros atos religiosos eram, para mim, quase apenas deveres cansativos. Nunca senti o mais leve desejo de me comunicar com Deus" - pág. 30.

"Uma das razões para minha conversão ao ateísmo foi o problema do mal. (...) Tais experiências [relacionadas ao anti-semitismo e nazismo] desenharam o cenário de minha juventude, e, para mim, assim como para muitos outros, apresentaram um desafio inevitável a respeito da existência de um todo-poderoso Deus de amor" - pág. 32-33.

"À época em que chegei [ao último ano do Ensino Médio] eu discutia com colegas mais adiantados, argumentando que a idéia de um Deus onipotente, e ao mesmo tempo perfeitamente bom, era incompatível com o mal e as imperfeições do mundo" - pág. 34.

Observe que as declarações que o Dr. Flew faz sobre sua progressiva aproximação do ateísmo demonstram a experiência de alguém que, a princípio, acreditava em Deus, mas que foi levado à descrença por culpa do próprio sistema religioso ao qual ele estava envolvido. Uma religião fria e formal, sem uma experiência pessoal e verdadeira com a Pessoa da Salvação - Jesus - foi determinante para transformar este filho de pastor em um dos mais eloqüentes defensores do ateísmo nas últimas décadas.

Com isso aprendemos o quanto é importante que a nossa forma de adoração a Deus, e a nossa "fé prática" (como vivemos a religião no dia-a-dia), sejam uma expressão verdadeira dos princípios do Cristianismo que professamos seguir: amor a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo, como a nós mesmos.

Em seu livro, o Dr. Flew ainda cita uma pesquisa realizada pelo Barna Group (um dos mais importantes institutos de estatísticas sobre o Cristianismo no mundo), a qual aponta que "aquilo que acreditamos quando temos 13 anos de idade, será no que acreditaremos ao morrer" (pág. 31).

Aproveito para fazer algumas perguntas:
"Em quê crêem os juvenis e adolescentes de sua igreja?"
"Eles têm uma experiência viva e pessoal com o Senhor Jesus Cristo?"
"Ou sua 'religião' não tem passado de mero formalismo?"

Talvez seja esta a razão de vermos tantos adolescentes abandonando a Igreja, mesmo aqueles que "nasceram" no Evangelho.

A "Conversão" do Ateu

Após tanto tempo de sua vida negando a existência de Deus, e defendendo as bases filosóficas do ateísmo, este "filho pródigo" retorna ao lar, e vive hoje a experiência de seus dias na "Casa do Pai".

Veja como ele encerra seu livro:
"Volto a dizer que minha jornada para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão. Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto-existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente" (pág. 144).

Quem são, afinal, os verdadeiros ateus?

Lendo histórias como a de Antony Flew, e muitos outros que se auto-denominam de "ateus", eu só reforço a minha crença de que não existe um ser humano que seja 100% ateu, pois em algum momento de suas vidas (mesmo que no último suspiro), todos se voltam para este Ser que Criou todas as coisas, inclusive a nós mesmos, e colocou na alma humana este "vazio" que somente Ele consegue preencher.

Para mim, os VERDADEIROS "ateus" encontram-se entre os que professam alguma fé cristã, mas não vivem à altura dessa fé.

Isso mesmo...

Eu considero muito mais "ateu", um Adventista que trata seu "irmão" com arrogância e desprezo; ou que oprime algum subordinado (quando investido em algum cargo de liderança eclesiástica); ou ainda aquele "crente" que não pensa duas vezes antes de passar a perna em um colega de trabalho, se o resultado disso for ganhar alguma promoção.

Eu considero muito mais "ateu", aquele membro de Igreja que sai do templo no sábado pela manhã e já vai para casa criticando o que considerou errado na Escola Sabatina ou no Culto, e destas mesmas críticas faz o "prato principal" do almoço de sábado com sua família.

Eu penso que é muito mais "ateu", o líder de Igreja que posa de consagrado e zeloso diante da congregação, mas em casa é um terror para a esposa e/ou filhos.

Ateu, na minha opinião, é o pastor presidente de Campo que persegue um obreiro (especialmente um "colega" de ministério), pelo fato deste não concordar com suas determinações político-administrativas.

Eu considero muito mais "ateu", o pastor que olha para as ovelhas apenas com o objetivo de que elas dêem lã e multipliquem o rebanho, mas que não se preocupam em visitá-las para saber como elas estão enfrentando a jornada rumo ao Céu.

Eu penso que "ateu" mesmo é aquele jovem que passa horas e horas na Internet vendo pornografias, mas se irrita em passar alguns minutos a mais no templo quando o pregador se prolonga no sermão.

Eu considero que "ateu" de verdade é o "crente" que se diz temperante e defensor da reforma de saúde, mas que não se ressente em deixar que a inveja, a avareza, o orgulho ou o egoísmo corroam seu coração.

Em alguns desse casos, eu me arriscaria a dizer que até mesmo o pecado imperdoável está sendo praticado, uma vez que tais pessoas, em sua hipocrisia, não permitem mais que o Espírito Santo lhes promova o arrependimento.
:::::::::::::::::::::::::::::

Se nós vivemos uma vida tão contraditória em relação à nossa fé, é porque, NA VERDADE, não cremos que Deus exista, e que Ele olhe para nós, e nos observe a todo instante.

ATEU, mesmo, é aquele que diz que é CRENTE, mas vive como se não crêsse.

"Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. (...) Mostra-me esta tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé" - Tiago 2:17-18.
Autor: Gilson Medeiros
Fonte: blog de prgisonmedeiros

0 comentários:

Noticias Igreja

Carregando as últimas notícias...

Amigos

noticias do G1