Felizes de fato
Quando o cristianismo diz que Deus ama o homem isso significa que Ele o ama realmente.
Não se trata de um interesse indiferente, quase um “desinteresse” em nosso bem-estar, mas que, numa verdade terrível e surpreendentemente, somos os objetos do seu amor. Você pediu um Deus de amor e já tem.
O problema de reconciliar o sofrimento humano com a existência de um Deus que ama só é insolúvel enquanto associarmos um significado trivial à palavra “amor” e consideramos as coisas como se o homem fosse o centro delas.
O homem não é o centro. Deus não existe por causa do homem. O homem não existe por sua própria causa.
“Porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas”. (Apocalipse 4:11)
Pedir que o amor de Deus se satisfaça conosco na condição em que nos encontramos, é pedir que Deus deixe de ser Deus: porque Ele é o que é, o Seu amor deve, na natureza das coisas, ficar impedido e sentir repulsa por certas nódoas em nosso caráter, e porque já nos ama ele precisa esforçar-se para nos tomar dignos de amor.
O que chamaríamos aqui e agora de nossa “felicidade” não é o alvo principal que Deus tem em vista, mas , quando formos aquilo que Ele pode amar sem impedimento, seremos de fato felizes.
Ingrid Oliveira
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