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quinta-feira, 11 de março de 2010

Sexo na mídia estimula violência contra mulher

Um estudo divulgado em 26 de fevereiro de 2010 afirma que a exposição de crianças e adolescentes a conteúdo sexual na mídia vem reforçando a ideia da mulher como objeto de desejo e alvo de violência doméstica. O relatório Sexualização dos Jovens, da psicóloga Linda Papadopoulos, encomendado pelo Ministério do Interior britânico, diz que os jovens estão cada vez mais expostos a conteúdo relacionado à sexualidade por meio de revistas, televisão, internet e aparelhos de celular, sem que os pais consigam controlar isso. Segundo ela, esse conteúdo está "legitimando a ideia de que as mulheres existem para serem usadas e de que os homens existem para usá-las". Nesse contexto, a pesquisadora entende que a posição da mulher como alvo de violência doméstica acaba virando comum e até aceitável.

O estudo diz que as crianças estão sendo cada vez mais retratadas como adultos, enquanto adultos são infantilizados, o que confunde as noções de maturidade e imaturidade sexual. Além disso, tanto mulheres quanto homens são levados pela mídia a buscar um ideal de aparência física "fora da realidade", o que resulta em "insatisfação com o próprio corpo, um reconhecido fator de risco para a autoestima, para depressão e distúrbios alimentares".

"Um tema dominante em revistas parece ser a necessidade das garotas de se apresentarem como sexualmente desejáveis para atrair a atenção masculina", diz o estudo.

Seguindo esse mesmo raciocínio de subserviência feminina, a violência contra as mulheres acaba sendo banalizada.

O relatório aponta que, desde 2004, a exibição na TV de cenas de violência contra a mulher cresceu 120%, enquanto as de agressão contra adolescentes aumentou 400% no período. Além disso, no cinema, 75% dos personagens e 83% dos narradores são homens.

Papadopoulos entende que essa lógica explica os resultados de uma pesquisa do Ministério do Interior britânico divulgada neste mês.

A análise revelou que 36% dos britânicos acreditam que, em caso de estupro, a mulher deve ser parcialmente responsabilizada se estiver bêbada, e 26% pensam assim no caso de a vítima estar usando roupas sensuais.

A psicóloga cita ainda o dado de que uma em cada três garotas britânicas entre 13 e 17 anos já teve de fazer sexo contra a sua vontade, enquanto 25% delas já sofreram algum tipo de violência física.

Para reverter esse quadro, o relatório defende que os pais acompanhem mais de perto como seus filhos usam a internet e seus celulares e que o Estado tome medidas para coibir a banalização da sexualidade. [Mas o Estado apoia o Carnaval, concede e mantém concessões de TV a emissoras que despejam violência e pornografia nos lares e depois gasta milhões com campanhas pelo uso de preservativos e contra a violência. Quanta hipocrisia!]

A pesquisadora também recomenda que as escolas tragam essa discussão sobre a igualdade de gênero para as salas de aula.

(Estadão)


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A devassidão que assustaria os antepassados

 

No intervalo da novela, uma loura linda e esquálida mostra as pernas num comercial de cerveja. Está acionado o estopim da grande polêmica do momento [na verdade, isso aconteceu na época do Carnaval, em que a nudez hipócrita corre solta nas telas e nas avenidas]. [...] Grandes espaços nos sites de publicidade, jornalões e redes sociais, no Brasil e fora dele, [discutiram] a censura aos filmes de 30 e 60 segundos na TV que exibem os cambitos – e nada além disso – da atriz Paris Hilton. A peça publicitária da campanha da marca “Devassa” utilizou como trilha a música de Elmer Bernstein, esta sim, pra lá de sensual. A música instrumental, tema do filme “O Homem do Braço de Ouro” (The man with the golden arm), está gravada no inconsciente coletivo quando o assunto é striptease. Mas é só. O filme, criação da agência Mood e produzido pela O2, não mostra nada além de um rosto muito bonito, uma teleobjetiva, um jogo de dominó e dois membros inferiores da norte-americana num tubinho preto prá lá de comportado se comparado com algumas edições do programa Big Brother Brasil, por exemplo, que tem a Ambev como um de seus patrocinadores. [...]

(Opinião e Notícia)

Nota: A discussão girou em torno da sensualidade da peça publicitária, com muita gente defendendo a "arte" do comercial. Não é para menos: num país que superespõe a nudez, a propaganda com a socialite norte-americana parece mesmo brincadeira de criança, de tão "inocente". E o fato de associarem, mais uma vez, a mulher a um objeto/produto de consumo? Isso não choca mais? Ao ler matérias como essa aí acima, que tentaram defender o indefensável, me lembrei da citação a seguir, do escritor C. S. Lewis: “Se você já caiu na tentação de achar que nós, ocidentais modernos, não podemos ser assim tão ruins por sermos mais humanos, comparativamente falando – se, em outras palavras, você acha que Deus talvez esteja satisfeito conosco nesse aspecto –, pergunte a si mesmo se Deus Se alegrava mais com os tempos cruéis da história por terem se sobressaído em termos de coragem e castidade. Você verá que isso é uma impossibilidade. Se você considerar o que a crueldade dos nossos ancestrais representa para nós, terá alguma noção de como a nossa fraqueza, mundanismo e timidez soaria para eles, e, portanto, como ambos devemos parecer aos olhos de Deus” (Um Ano Com C. S. Lewis, p. 81).[Michelson Borges]

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